CONTRIÇÃO PERFEITA
*CONTRIÇÃO PERFEITA* Quem tiver a infelicidade de cometer um pecado, e estiver impossibilitado de confessar-se logo, terá sempre um precioso recurso para reconciliar-se sem demora com Deus. Poucos dons são tão estimáveis, sobretudo neste tempo de Apostasia em que não temos notícias de onde recebermos sacramentos válidos, do que a contrição perfeita, isto é, aquela dor de alma que tem por motivo a caridade divina — à qual nada é mais horrível do que ofender a Deus! — e se manifesta pela detestação verdadeira e suma de todos os pecados mortais já cometidos, com o propósito sincero de não tornar a pecar e o desejo, ao menos implícito, de receber assim que possível o sacramento da Penitência. É tamanha a força desse arrependimento, que o próprio Concílio de Trento diz ser efeito dele a reconciliação com Deus antes mesmo que se receba de fato a absolvição sacramental [1]. Trata-se, sim, de uma graça extraordinária, e por isso nem sempre nos é possível ter certeza de havê-l